Vídeo: Turista abate ineptamente a tiro elefante curioso; expostas ligações entre o presidente da África do Sul e caçadores de troféus

Vídeo: Turista abate ineptamente a tiro elefante curioso; expostas ligações entre o presidente da África do Sul e caçadores de troféus

PETA urge Boris Johnson a avançar legislação para banir importações de troféus

Lisboa – Seguindo uma investigação secreta, a PETA EUA descobriu ligações ocultas e investimentos com a industria de caça de troféus da parte do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. As revelações surgiram após a divulgação de filmagens de um turista americano que dispara ineptamente e mata um elefante jovem numa reserva natural adjacente ao Parque Nacional Kruger.

O vídeo mostra o elefante a sair pacificamente do mato, enquanto o caçador americano de troféus e os seus guias aguardam. Depois, o americano dispara na cabeça do elefante e fica a olhar à medida que o elefante cai de joelhos. O animal em sofrimento olha o grupo de caçadores, enquanto o homem – que pagou 30.000$ (por volta de 25.000€) para o matar – é instruído pelos guias como disparar com mais precisão. Finalmente dispara-lhe mais quatro vezes levando o animal a roncar em aflição ou para avisar os outros.

“Pagar para o ‘prazer’ de matar um elefante gentil e curioso é assassinato”, diz a fundadora da PETA, Ingrid Newkirk. “A PETA pede a todos aqueles assombrados por este ato de covardia que se juntem a nós a pressionar a legislação para banir a importação de cabeças e outras partes de animais para o Reino Unido como troféus.”

O vídeo da PETA EUA revela também que o Presidente Ramaphosa está silenciosamente a desenvolver e a expandir uma propriedade de caça de troféus chamada Diepdrift – enchendo-a de animais da sua operação de criação de animais selvagens privada, Phala Phala – e que possui uma participação de 50% na Tsala Hunting Safaris. A PETA EUA gravou conversações nas quais os gerentes de Ramaphosa admitem que ele recebe uma parte igual dos lucros de todas as caças realizadas através da Tsala e falaram da importância de ocultar o seu envolvimento. Um gerente disse, “Nós tentamos manter, na verdade, o nome do presidente de fora desta coisa das caças, por causa … da massa …. Por isso ele quer salvaguardar-se desta, como dizer, má publicidade e tudo isso. … Nós temos de fazer sob uma marca diferente, onde nem o meu nem o seu nome estão ligados a isso”.

A PETA – cujo mote diz, em parte, que “os animais não são nossos para os abusar de qualquer modo” – opõe-se ao especismo, que é a visão de supremacia humana de que os animais são nada mais que troféus ou comodidades. O grupo sublinha que, na passada década, caçadores de troféu importaram 2.500 partes de animais para o Reino Unido, incluindo cabeças e peles de chitas, elefantes, leões, hipopótamos e zebras. Países incluindo a França e a Holanda baniram a importação de troféus de caça, porém o Reino Unido permite ainda que caçadores tragam as suas doentias lembranças para casa – não obstante o manifesto eleitoral de 2019 do governo Conservadorista prometendo o fim desta prática.

Fotos estão disponíveis aqui. Para mais informações, por favor clique aqui ou visite PETA.org.uk.

Contacto:

Sascha Camilli  +44 (0) 20 7923 6244; [email protected]

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